sábado, 10 de outubro de 2015

CRÍTICA DO LIVRO: DEUS VEIO AO AFEGANISTÃO E CHOROU

"Por que procuram tanto? São vocês... Todas juntas formam 'Simorgh' - a ave que cega os homens devido a sua beleza, elegância, graça, voz clara e cristalina, canto doce e encantador."

SIMORGH 

Eu também chorei e oro para a paz dessas terras sagradas... "Que Isaque e Ismael se beijem e venha paz sem fim..."

O livro conta a história de Shirin-Gol - a "Doce Flor", que relata o seu sofrimento causado pelas intermináveis guerras, desde a década de 70 até pouco depois do ocorrido em 11 de Setembro de 2001 (atentado no World Trade Center). Nascida no Afeganistão, mudou-se para o Paquistão e, depois de alguns anos (sem precisar ao certo quantos), mudou-se para o Irã. Voltou a sua terra natal e pôde contar ao mundo, por meio de uma Iraniana, sua difícil vida e sua constante persistência e fé. Ainda que tivesse pelo que desanimar, Shirin-Gol acabava por ter motivos para continuar sua luta.

Ao iniciar a leitura, pensei estar lendo uma história totalmente medieval. Parece inacreditável ainda haver conceitos tão primitivos em muitos países deste mundo. As mulheres, sempre cobertas, não podem fitar os homens, não podem sair sem seus cônjuges, não podem ir a escola (assim como muito de seus filhos homens), têm suas mentes trabalhadas para acharem que fazem bem ir à guerra e lutar contra os estrangeiros e mesmo os seus; as crianças são proibidas de brincar, todos possuem restrições ao andar (a fim de não pisarem em minas), desposam crianças e as matam se não seguirem suas condutas rigorosíssimas e mais... Há muito o que fazer! Há muito o que ajudar! 

Paulo escreve aos Gálatas, segundo os livros 3 e 4, que não há judeu, nem grego, ou quaisquer povo que se distinguem uns dos outros. Somos todos um em Cristo, descendentes de Abraão e herdeiros conforme a promessa. Que haja misericórdia e que possamos ir e ajudar os nossos! 


* Trilha Sonora particular: "Love Take Me" - Yanni (Enquanto eu lia a triste história Oriental, era a música que mais ouvia e me fazia lembrar da história e seu povo).

"Canta a alegria, canta a tristeza; tanto quanto a vista alcança, mundo arrasado. Abençoados aqueles que o construírem de novo. Abençoados aqueles que o fizerem florescer!"
BAHRAM BEYZAIE

-  Lia Cordeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário